Caso de Phineas Gage


No dia 13 de Setembro de 1848, Gage, com 25 anos, estava a trabalhar na construção de caminhos de ferro em Vermont. 


Um acidente com explosivos fez com que uma barra de ferro fosse projetada para a sua cabeça.

 Entrou por baixo do osso da face esquerda, acabando por atravessar o olho e tendo saído completamente pelo topo do crânio, indo parar a mais de 20 metros de distância.

O médico que o atendeu, John Harlow, disse que Gage estava consciente e capaz de caminhar e falar, logo após o acidente. Harlow limpou a ferida, retirou os fragmentos que estavam deslocados, mas ainda agarrados ao crânio. Fechou a ferida no topo do crânio com compressas e adesivos. 

Passados uns dias a ferida acabou por ser infetada por uma bactéria e ele ficou num estado de quase coma. A família preparou o caixão, quando de repente, ele recuperou. Três semanas depois do acidente a ferida deitou imenso pus e Phineas recuperou ao ponto de parecer que teria uma vida normal.

Segundo Harlow, Gage não perdeu as suas capacidades racionais, mas segundo a sua companheira e restantes familiares, houve uma alteração na sua personalidade.

Os seus colegas de trabalho, que o consideravam um chefe eficiente e responsável antes do acidente, viram-se obrigados a despedi-lo, pois o comportamento do mesmo tinha mudado. Gage tornou-se irresponsável, impaciente, não tinha respeito pelos colegas, era conflituoso e incapaz de acabar um trabalho. Os colegas e amigos diziam que 'Gage já não era Gage'.

A lesão de Phineas, originou uma ausência de inibição social que levava frequentemente a comportamentos inapropriados. A barra de metal, fez uma lobotomia (separa as vias que ligam os lobos frontais ao tálamo) a Gage.

Em 1944 Hanna Damásio juntamente com colegas da Universidade de Iowa usou a técnica da neuroimagiologia para reconstruir o cérebro de Gage, concluíram que a lesão de Gage afetou o lobo pré-frontal. Hoje acredita-se que apenas o lado esquerdo do lobo pré-frontal.

O caso de Gage é importante porque mostra a relação entre a área do cérebro e a personalidade, já que a lesão originou mudanças na personalidade do mesmo.

Gage, acabou por falecer em 1860. O crânio e a barra de metal estão no Museu Anatómico de Warren, na Universidade de Medicina de Harvard.


Em anexo, deixo uma pequena animação de tudo o que aconteceu com Phineas.

Reflexão:

Este trabalho fez-me perceber que de um momento para o outro, podemos perder tudo, passamos de 100 a 0, em segundos. Phineas é um exemplo disso, era um homem bem sucedido e de um dia para o outro passou ao oposto.

Gostei de realizar esta pesquisa, pois fiquei a saber mais à cerca das lesões no cérebro, e o que um acidente que podia levar à morte, mudou a vida de um homem para sempre. 

 O corpo do ser humano é incrível                           


Bibliografia:


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