
Admirável mundo novo

O livro "Admirável Mundo Novo",
publicado no ano de 1932, foi escrito por Aldous Huxley.
Para além das várias edições deste livro, existem também 2 filmes, um de 1980 e um de 1998, que é adaptado do livro. Recentemente em 2020, adaptaram o livro para uma série de 9 episódios.
"Admirável mundo novo", de Aldous Huxley faz referência a várias gerações que adotaram como modelo a distopia.
Os personagens principais do livro são:
- Thomas "Tomakin", Alfa, Diretor de Incubação e Condicionamento de Londres.
- Henry Foster, Alfa, Administrador de Incubação e atual companheiro de Lenina.
- Lenina Crowne, Beta-Mais, Vacinadora no Centro Incubação e Condicionamento. É amada por John, o Selvagem, e Bernard Marx.
- Mustapha Mond Alfa-Mais-Mais, é a administradora residente da Europa Ocidental.
- Bernard Marx, Alfa-Mais, Psicólogo, é um dos vigilantes oficiais do comportamento e da felicidade "obrigatória" dos humanos, embora assombrado por perturbantes dúvidas existenciais.
- Fanny Crowne, Beta, embriologista, melhor amiga de Lenina.
- Helmholtz Watson, Alfa-Mais, Professor do Colégio de Engenharia Emocional, melhor amigo e confidente de Bernard Marx e John, O Selvagem.
- Miss Keate, Diretora do Colégio Eton.
- John, O Selvagem, filho de Linda e Tomakin, foi rejeitado na civilização primitiva e na moderna.
- Linda, uma Beta-Menos, mãe de John, O Selvagem e antigo amor de Tomakin (ficou grávida de John quando se perdeu de Thomas em uma viagem para o Novo México.)
Os habitantes vivem numa "felicidade" que é sustentada pelo consumo de pílulas de cores, cada uma garantindo a satisfação de algum desejo. Neste mundo "ideal", a gravidez tornou-se um processo totalmente artificial, é tudo feito em laboratórios, produzindo seres classificados (Alfa, Beta). Sendo os alfas os mais poderosos.
No "admirável mundo novo", existem três regras. Não há privacidade. Não há família. Não há monogamia. E acima de tudo "Todos se sentem muito felizes."
É um livro sobre distopia, pois retrata um futuro sombrio, foi escrito antes da 2º guerra mundial, e Aldous Huxley estava deslumbrado com o avanço da tecnologia.
Neste mundo, pode-se manipular os cromossomas, visto que não existem pais e mães, todos são criados em laboratórios, uns são manipulados para ser empregados, outros diretores, outro trabalhadores. Alfas, betas, gamas e selvagens são algumas das espécies descritas no livro.
Desde pequenos recebem ordens e regras, pode chegar a existir 90 crianças iguaizinhas, cabelo, altura, voz, cor dos olhos... Até a dormirem estas crianças recebem ordens
Todos os dias, os trabalhadores, e pessoas recebem a sua porção de soma, que é uma espécie de pílula, que tem diversas cores e permite às pessoas estarem sempre felizes. É uma espécie de droga.
Depois existe os selvagens, que não se encaixam em nenhuma das civilizações, acabam por ser uma reserva das pessoas normais, são livres. Certo dia, um casal do novo mundo, viaja até à reserva de selvagens e leva o John, o selvagem. Lá ele enfrenta a nova realidade, mostrando os danos e os conflitos. John acaba por fazer vários questionamentos quando a mãe morre, ele chora e fica triste, as pessoas do novo mundo ficam chocadas, pois estes não têm sentimentos. Questiona-se pelo facto de estas pessoas nascerem programadas, condicionadas, terem falta de liberdade, amor falso e haver mentiras.
Quase no fim do livro o selvagem, diz que prefere ser infeliz, a estar num mundo que para ele não faz sentido, ele que ser livre e ter um amor verdadeiro.
"Pois bem, eu preferia ser infeliz a ter essa espécie de felicidade falsa"
Reflexão:
Foi um livro que gostei muito de ler, mas ao mesmo tempo me assustou. Hoje somos iguais aos selvagens, porque somos livre, por vezes estamos tristes outras vezes estamos felizes.
Se no futuro, isto acontecesse, preferia ser reserva nos selvagens, visto que não ia gostar de estar sempre feliz, porque para ser feliz é preciso também ter tristezas na vida e saber ultrapassá-las.
O livro de Aldous Huxley, é um livro fantástico e a meu ver chama a minha atenção para o facto de a tecnologia puder vir a avançar tanto, que este mundo talvez um dia se venha a tornar realidade, estamos num mundo onde estamos dependentes das tecnologias. Para falar com alguém, que está longe é tudo por telemóvel, antigamente era por cartas.
Este é um livro de ficção científica muito interessante, e que mostra que no meio de tudo o amor vence sempre, como é o caso de John e de Lenina, que não fazem parte da mesma civilização, ele selvagem e ela Beta. Apaixonam-se e uma das frases ditas por John ao seu grande amor e que chamou a minha atenção foi "por ti, eu varria o chão Lenina".